quarta-feira, 23 de julho de 2008

Universia publica dicas para quem quer publicar

O portal Universia publicou matéria com autores novos e os caminhos que eles seguiram para conseguir seus livros publicados:
Jovem escritor: quer publicar um livro?
Conheça dicas valiosas de quem escreve e de quem publica

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Revista portuguesa Ler pode ser publicada no Brasil

Do portal Literal da Terra:

14/04/2008 - 13h56 - Ler no Brasil
A revista portuguesa de literatura Ler, editada pelo escritor Francisco José Viegas, vai ser publicada no Brasil pela Língua Geral, é o que diz a coluna Informe Idéias, do Jornal do Brasil. Viegas esteve em Parati, onde participou de debate sobres revistas literárias, na programação paralela da Flip. Confira o blog da revista.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Companhia das Letras faz recall de livros

Do blog Gente de Mídia:

Coisa rara: estão fazendo 'recall' de livros

By Nonato Albuquerque

. A Folha publicou sábado anúncio de 'recall' de livros. A Companhia das Letras está fazendo chamada para recolhimento do livro "O Fazedor". de Jorge Luis Borges.

. É que encontraram 12 erros de grafia em poemas publicados em espanhol -a edição traz também tradução dos textos em português.

. Os erros foram conseqüência de falhas no processo de revisão feito por meio de computador.

. Os livros devem ser trocados nas livrarias nas quais foram adquiridos. O telefone da editora é 0/xx/11/ 3707-3500 e o site, www.companhiadasletras.com.br.

. A versão corrigida, diz o anúncio, trará a indicação "1ª edição" na página 3. A Companhia ainda não definiu o que fará com os exemplares devolvidos. É possível que sejam doados, com erratas, a bibliotecas.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Editora Globo lança livros da "Turma do Cocoricó"


A "Turma do Cocoricó" da TV Cultura virou livro infantil. A Editora Globo lançou duas edições com os personagens do programa: "O Piquenique" e "Decisão Difícil". Eles custam 12 reais e são direcionados para os leitores que estão tendo as primeira experiências com a língua portuguesa. (Fonte: Uol Criança)

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Nova editora do grupo Ediouro lança 16 títulos em audiolivros

Recortes de matéria publicada na Folha online:

Seleção tem biografia de Tim e obra de Maitê

EDUARDO SIMÕES
DA REPORTAGEM LOCAL

Mercado que nos Estados Unidos já responde por cerca de 10% do volume total de vendas das editoras, os audiolivros ainda engatinham no Brasil e permanecem como sinônimo das antigas leituras da Bíblia feitas por Cid Moreira. No início de julho, o país terá sua primeira grande empreitada no segmento, com a chegada da Plugme, nova editora do grupo Ediouro, que lançará 16 títulos em formato de CD, e outros exclusivamente para download em MP3 em www.plugme.com.br.

O investimento foi de R$ 1 milhão. Com "tiragem" inicial de 5.000 cópias -mesma média de livros impressos no mercado brasileiro-, cada lançamento em CD vai custar entre R$ 24,90 e R$ 29,90. Já os arquivos para baixar pela internet ficarão entre R$ 14,90 e R$ 19,90. Os textos foram adaptados e os arquivos de áudio terão entre cinco e oito horas de duração. Depois do primeiro pacote, a Plugme pretende lançar de dois a quatro novos títulos por mês.

Best-sellers
A primeira leva de lançamentos da Plugme tem best-sellers como "Alô, Chics!", narrado pela própria autora, a consultora de moda Gloria Kalil, e "Uma Vida Inventada", livro de memórias de Maitê Proença, lido pela própria atriz, num "duo" com Irene Ravache.

Em alguns casos, a narração também lançará mão de um expediente comum ao audiolivro no exterior: a contratação de atores famosos. Caso de Milton Gonçalves, que lê "A Vida Como Ela É", de Nelson Rodrigues, de Humberto Martins, que recita o best-seller "Marley e Eu", e de Paulo Betti, que deu voz a "A Lição Final", livro em que o professor americano Randy Pausch fala de sua vida depois de receber o diagnóstico de uma doença terminal.

Os lançamentos não se limitam ao catálogo da Ediouro. Em uma segunda leva, a Plugme vai colocar no mercado títulos da coleção "Folha Explica", da Publifolha (entre eles os dedicados a Chico Buarque, Machado de Assis e Clarice Lispector, somente para download). Também há títulos da Martins Fontes e da Objetiva - caso de "Vale Tudo - O Som e a Fúria de Tim Maia", com direito ao autor Nelson Motta fazendo imitações do cantor biografado. As editoras parceiras terão uma cota dos lucros relacionada ao preço de capa do audiolivro.

A promoção dos audiolivros inclui várias ações. O publicitário Lula Vieira, diretor de marketing da Ediouro, diz que a editora vai distribuir "amostras" durante a sexta edição da Festa Literária Internacional de Parati, que acontece entre os dias 2 e 6 de julho. O investimento em propaganda, que incluirá ainda peças em rádio, televisão, cinema, jornais e revistas, deve chegar a R$ 700 mil, soma já prevista no orçamento inicial de R$ 1 milhão.

Osinski também vai lançar um "portal da voz". Pelo número 4003-7272, o consumidor poderá ouvir trechos, ou até mesmo um capítulo inteiro, de um determinado audiolivro da Plugme.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Gabriel García Márquez anuncia novo livro

O autor colombiano Gabriel García Márquez, do auge dos seus 81 anos, anunciou que está em fase de proudução de um novo livro. O título provisório é "Em agosto nos vemos" e a temática é sobre amor.

A tirar pela última publicação do autor, Memórias de Minhas Putas Tristes, de 2004, Gabriel continua em pleno estágio de produção intelectual e a escrever histórias belíssimas. Tem alguns autores que realmente não deviam deixar de escrever nunca. Além do Gabo, José Saramago e Umberto Eco também.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Inscrições para concurso literário sobre logosofia até 30 de junho

Do portal Universia:
Dissertações sobre logosofia podem concorrer a 10 mil reais

Estão abertas as inscrições para o concurso literário "A arte de ensinar e a arte de aprender", promovido pela Fundação Logosófica. Nesta edição, serão distribuídos R$ 34 mil aos primeiros colocados. Professores e estudantes universitários podem se inscrever até 30 de junho. Para participar é preciso ser aluno de graduação ou pós-graduação regulamente matriculado em uma instituição brasileira ou professor da educação infantil, do Ensino Fundamental, Médio, Técnico ou Superior.

Os trabalhos devem ser escritos em forma de dissertação, com base no estudo das bibliografias de Carlos Bernardo González Pecotche, criador da Logosofia. Os participantes podem escolher entre a conferência "A arte de ensinar e a arte de aprender" do Livro Introdução ao Conhecimento, o artigo "A capacidade de estudo é o que engrandece os povos" da Coletânea da Revista Logosofia - Tomo, o artigo "A arte de ensinar e a vontade de aprender" da Coletânea da Revista Logosofia - Tomo 2 ou o capítulo "Realidades Essenciais - Ante a situação crítica do momento" do livro Curso de Iniciação Logosófica.

Uma comissão julgadora avaliará a adequação dos trabalhos inscritos ao tema proposto, a clareza e a objetividade da exposição e o uso correto da língua portuguesa. Será oferecido prêmio no valor de R$ 10 mil aos participantes que conquistarem o primeiro lugar. Os segundos e terceiros colocados, recebem R$ 5 mil e R$ 2 mil, respectivamente. Além do valor em dinheiro, todos os premiados recebem a coleção completa de livros de logosofia.

O candidato deverá encaminhar pelo correio, em envelope de papel pardo, a carta de inscrição, o texto em três vias e um CD ou disquete com o arquivo do trabalho para o seguinte endereço:

Fundação Logosófica em Prol da Superação Humana
Coordenação de Divulgação Nacional
Concurso Literário de Logosofia
Rua Piauí, 742 - Bairro Funcionários
CEP 30150-320 - Belo Horizonte/MG

Mais informações podem ser obtidas pelo site www.logosofia.org.br/concurso.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Do Blog do Maurição: CONCURSO DE CONTOS SOBRE GRANJA

"O Instituto José Xavier lançou um Concurso de Contos tendo a Granja como tema, aberto a todos que dominem a língua portuguesa. Os contos premiados serão publicados, em conjunto, em um volume dos "Cadernos do Instituto José Xavier", sem nenhum custo para o(s) autor(es).

A data de encerramento da apresentação das obras é o dia 30 de junho próximo. As instruções poderão ser solicitadas na sede do IJX à Rua Pessoa Anta, 564, 62430-000 Granja, Ceará (email institutojosexavier@yahoo.com.br) ou pelos telefones (88) 99246900 , (88) 99217245 , (88) 96016302 .

O IJX foi fundado há pouco mais de quatro anos, com a finalidade de promover a cultura e a memória da pacata cidade da Zona Norte. Tem publicado vários livros anualmente e mantém um museu na sua sede. Quem quiser conhecer mais sobre o IJX, basta clicar em
http://institutojx.tripod.com/index.htm"

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Lendo músicas

Música e literatura pra mim sempre combinaram bem e muito. Algumas histórias parecem ter vindo com trilha pronta. E, neste livro da PubliFolha, elas vêm mesmo. "Aquela Canção" traz doze contos inspirados em músicas brasileiras. Autores como Moacir Scliar, Luís Fernando Veríssimo e Milton Hatoum foram convidados a escrever histórias que se relacionassem de alguma forma com as canções.

As saídas foram interessantíssimas. Alguns autores escreveram contos que poderiam ser as próprias inspirações para os compositores. Outros levaram a música como trilha sonora para sua história.

O livro vem acompanhado do CD com as doze escolhidas (que são um show a parte): Carinhoso, de Pixinguinha e João Barro e cantada por Paulinho da Viola e Marisa Monte; Juazeiro, de Gonzagão e Humberto Teixeira e cantada por Gilberto Gil; Pela luz dos olhos teus, de Vinícius de Moraes e cantada por Miúcha e Daniel Jobim; Atrás da Porta, de Chico Buarque e Francis Hime, cantada por Zélia Duncan... A lista é ótima. Neste momento, no site da PubliFolha o livro está por 15,90 sem frete.

Título: Aquela Canção - 12 contos para 12 músicas
Editora: PubliFolha
Autores: Moacyr Scliar, Milton Hatoum, Livia Garcia-Roza, Eucanaã Ferraz, Beatriz Bracher, Paulo Rodrigues, Marçal Aquino, José Eduardo Agualusa, Rodrigo Lacerda, Glauco Mattoso, Luis Fernando Verissimo e Adriana Lisboa
Preço: 39,90 (no site de promoção por 15,90) e 24,00 na Estante Virtual
Há duas opções de capa, esta verde da foto e outra amarela.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Senac oferece curso de Diagramação de Livros em Fortaleza

Quem estiver a fim de investir no mercado editorial pode aproveitar o curso "Diagramação de Livros na Prática" que o Senac Ceará oferece em Fortaleza em parceria com a Câmara Brasileira do Livro. As aulas serão de 07 a 15 de julho, das 18 às 21 horas. Os pré-requisitos são idade mínima de 16 anos e ter conhecimento em design.

O instrutor será Antônio Celso Collaro, que vem de São Paulo especialmente para a ocasião. Segundo pescado do site da Editora Summus, ele é pedagogo, produtor visual gráfico, consultor da Confederação Nacional da Indústria para as áreas de Artes Gráficas e Produção Visual Gráfica, além de professor de Produção Gráfica, Computação Gráfica I e II na Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo. Antônio Celso ainda tem tempo para escrever livros como "Projeto Gráfico: teoria e prática da diagramação" e "Produção Visual e Gráfica".

A inscrição custa R$ 282,00 (pode ser pago em 5 de R$ 56,00). Informações com o Senac: Tel: (85) 3452 1242.

sábado, 26 de abril de 2008

Quando o jornalismo deixa de dizer

Não tem nada a ver com literatura e foge completamente ao tema do blog. Mas eu sou jornalista.

Demócrito Rocha Dummar, presidente do Grupo O Povo de Comunicação, cometeu suicídio ontem (25/04/08) aos 63 anos em sua residência. Essa foi a notícia que eu não vi nem li.

Eu li sim inúmeros comentários em vários blogs, portais e jornais sobre a morte do Demócrito sem a causa mortis. Minha mãe me ligou hoje pra saber do que ele tinha morrido, um amigo do meu marido também fez aPublicar postagem mesma ligação. As pessoas leram todo o caderno especial do Povo e chegaram a conclusão que não sabiam do que o presidente do Grupo tinha morrido.

Na Internet, só um blog do RN e o Jornal Pequeno do Maranhão colocaram a temida palavra "suicídio". Correção enviada por um leitor: um blog cearense chamado Mirando a Mídia colocou. E inclusive levantou a hipótese que poderia não ser suicídio e sim assassinato. Eu não ouvi falar de dois tiros em nenhum outro lugar, mas falta de informação oficial é assim mesmo, geram-se boatos e eles criam vida só.

Se não era pra dar a notícia inteira, era melhor nem noticiar. Afinal, todo mundo já sabe a verdade e fica a sensação de falsidade ao ler as coberturas. E não vamos dizer que isso não era importante, nunca tinha visto até hoje uma notícia de morte que não citasse a causa. Ah, mas ninguém mentiu, né? Só deixaram de dizer.

Vamos pensar comigo: se fosse um Dias Branco, um Studart ou qualquer outro membro de família tradicional e rica do nosso Estado teria saído que foi suicídio? Se fosse um Queiroz o jornal O Povo teria colocado que foi suícidio?

E se fosse um membro da minha família ou da sua? Será que os jornalistas deixariam de dizer?

Será que nós jornalistas só defendemos a liberdade de expressão e informação quando não nos envolve? Quando é alguém que a gente conhece, conhece a família, trabalha na empresa aí tudo muda. Aí "vamos respeitar a família", tudo bem.

O jornalismo deveria então respeitar TODAS as famílias. Alguém respeitou os Nardoni na chacina pública que fizeram antes mesmo do caso começar a ser apurado? E a Escola Base de São Paulo? Aquilo foi respeito? Quem decide que família respeitar? Quais os critérios? Me pareceu que no dos outros é sempre refresco.... É liberdade de expressão.

Pois é, nada a ver com literatura, mas eu sou jornalista. E estou professora de um bocado de gente que vai ser jornalista também. Ótimo momento para se pensar: afinal, o que é então ser jornalista? Deixar de dizer é ser jornalista?

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Do Antena Paranóica - enquanto a correria não me deixa postar decentemente

Dia do Livro
castigo ou prêmio?

Se uma autoridade lhe obrigasse a ler um bom livro, seria prêmio ou castigo?
Falo do caso em que um juiz de Mossoró soltou hackers presos aqui no Nordeste, inclusive no Ceará, desde que eles se obrigassem como pena (alternativa), a leitura de uma obra da Literatura Brasileira, indicada por ele. A cada 3 meses, terão que fazer um resumo e responder a um questionário sobre autor e livro. Os autores: Guimarães Rosa e Graciliano Ramos.
Você acha que isso é castigo ou prêmio?
A notícia para assinantesa da Folha
.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Prêmio SESC de Literatura anuncia vencedores de 2007 e abre inscrições

A comissão julgadora do Prêmio SESC de Literatura anunciou os
vencedores da edição 2007: o romance Zé, Mizé, Camarada André: notícia de
Angola, de Sergio Guimarães, da capital, e a coletânea de contos Beijando
dentes, de Mauricio Fiorito de Almeida, de Campinas. Dentre os 422
inscritos, 43 livros de contos e 26 romances foram pré-selecionados pelas
subcomissões regionais, que trabalharam nesta edição no Pará, Paraíba, Rio
de Janeiro, São Paulo e Paraná. As inscrições para a edição de 2008 da
premiação recomeçam em 15 de abril. Até 15 de agosto o SESC recebe os
originais de romances e coletâneas de contos inéditos, nas unidades de
atendimento de todos os estados.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Maravilhosa perdição - prepare o bolso

Passeio pelo Rio de Janeiro e pela temeridade de entrar em um sebo, um bom sebo. Daqueles grandes, maravilhosamente entupido de estantes em TRÊS andares e ainda com livros e caixas em mesas. Os sebos possuem alguma propriedade mágica que coloca exatamente aquele livro que você procura há anos justamente na mesa em que você se encosta depois de 20 minutos dentro dele. A perdição. E olha que perdição mesmo. Mais de 80 reais em uma hora. O melhor de tudo é quando você sai carregando José Saramago, Rosa Monteiro e muitos outros de jornalismo por preços entre 03 e 15 reais.

De volta a Fortaleza, empolgadamente fiz uma revisão de todos os sebos que conhecia. Eu ia muito ao da Igreja Redonda e à Arte e Ciência. Descobri no Orkut que o que bom por aqui é o do Seu Geraldo e que tem uma Ong Emaús com um super saldão aos sábados (além de livros, vinis e outras coisas também lá).

Fica a lista para conferirmos:
* Sebo do Geraldo R 24 de maio, 950 - Centro. Telefone : (85) 3226-2557
* ONG Emaús - feira promovida pela Emaús. A renda é convertida para a comunidade no Pirambu. R. Tomáz Gonzaga, 266. Fone: 286 5180. Só abre aos sábados, pela manhã!
* Taberna Libraria: Rua Alves Texeira, 2090, Dionísio Torres - tel: 261.5871.
*Richard - 25 de março, 1087 - Fone: 254-6673
* Livraria Arte & Ciência. Lj 1 Av. 13 de maio, 2400-Benfica e Lj 2 Major Facundo, 954- Centro
* D. Socorro, que fica na AV. Jovita Feitosa bem na Praça da Igreja Redonda.
* Sebo Naza - Rua Gel. Sampaio, 1375, Benfica - Fortaleza- CE Tel: (85) 226-4485
* Banca Carrossel - Rua Fernando Faria de Melo, 193, Vila Manoel Sátiro. Tel. 483.4786
* Cantinho do Livro - Rua Pedro Pereira, 311, sala 3, Centro. Tel. 221.2755
* Casa dos Livros - Rua 25 de março, 1087, loja 9, Centro. Tel. 254.6673
* Casa dos Livros / 2ª sede - Rua General Sampaio, 1684. Tel. 231.3987
* Estação do Livro - Rua Major Facundo, 970. Tel. 231.0404/226.5818
* Fanzine - Rua Pedro I, 583. Tel. 252.3660
* Livraria Arte e Cultura - Rua Pedro Pereira, 873. Tel. 221.2917
* Livraria Cosmovisão - Av. Barão do Rio Branco, 3020. Bairro de Fátima. Tel. 243.6392
* Só livros - Travessa Morada Nova, 20, Centro. Tel. 231.6405

domingo, 16 de março de 2008

Para quem já gosta de ler


Quem é apaixonado por livros, adora história sobre eles. E descobrir curiosidades sobre esse mundo é sempre um prazer. Como que a leitura silenciosa só teve início na época de Santo Agostinho, pois até então as palavras eram escritas para serem reproduzidas apenas em voz alta. Ou que operários cubanos pagavam uma pessoa para ler em voz alta enquanto eles trabalhavam.
O livro do argentino Alberto Manhuel, "Uma História da Leitura", é um prato cheio nessa área.
Em uma narrativa prazerosa e envolvente, o autor divide com a gente sua paixão pela literatura e vai esmiuçando as fases que os livros e leitores viveram ao longo de vários séculos de história.
Sem contar todos os livros que falam sobre livros e bibliotecas que ele cita e você vai ficando desesperado pra ler também.

- Uma História da Leitura
Alberto Manguel (Companhia das Letras)
Preço médio: R$ 59,00 nas livrarias

segunda-feira, 10 de março de 2008

Amigos da Siciliano recebem aviso da fusão

E quem tem o cartão do programa de fidelidade "Amigos" da Siciliano recebeu um e-mail informando sobre a fusão das livrarias. E assim termina o caminho da Siciliano que desde a década de 20 funcionava como uma das maiores livrarias brasileiras.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Saraiva compra Siciliano! Vixe!

Do Radar on-line da Revista Veja:

"Saraiva compra a Siciliano 16:59
Depois de uma negociação longa, que se arrastou por quase um ano, a Saraiva comprou a Siciliano, a maior rede de livrarias do país. Pagou 60 milhões de reais. São 63 lojas, em quatorze estados brasileiros - quase o dobro do número de lojas da Saraiva, que é dona de 36 lojas. Com a compra a Saraiva passa a ter 20% do mercado livreiro do país.
(Atualização, às 17h17: dois grandes editores ouvidos agora externaram uma espécie de consenso sobre as conseqüências desse negócio. A conseqüência boa: as dívidas da Siciliano serão zeradas. Estima-se que a inadimplência da Siciliano com as editoras seja de 13 milhões de reais. O efeito ruim: o poder de fogo da Saraiva sobre as editoras é agora o de uma bomba atômica."

Ê para nós consumidores resumidamente monopólios nunca são bons, imagine numa área em que as editoras e as distribuidoras já são monopólios...

segunda-feira, 3 de março de 2008

Livro com imagens se movendo só

Lembra das fotos do Harry Potter com as pessoas se movimentando?

Pois a editora Sextante lançará no Brasil um livro infantil com imagens se movimentando em suas páginas. Esses meninos vão nso achar tão atrasados....

No Blog Liberdade Digital: http://liberdadedigital.com.br/2008/02/29/livro-em-movimento/

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Mais livros Mais livres


Imagem da campanha das empresa RBS TV, de Santa Catarina, para comemorar o sucesso de doações de livros em 2007. Criada pela agência YO Propaganda. As doações permitiram a criação de um "Espaço do Saber" em comunidade santacatarinense.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Irmãos e duplos

O livro "O Deus das Pequenas Coisas", que traz a história de dois irmãos gêmeos bivitelinos foi comparado por uma amiga com "Dois Irmãos", do Miltom Hatoum. Fui conferir e entendi o comentário. O estilo de narrativa é bem parecido não seguindo uma linearidade de textos e uma forma de narrar com uma delicadeza marcante. Por outro lado, a história amazônica me lembrou muito uma outra obra, "Esaú e Jacó", de Machado de Assis.
Os dois livros tratam de gêmeos univitelinos, idênticos, que carregam uma rivalidade nociva pra eles e todos a sua volta pela vida inteira. Em Miltom, Yaqub e Omar são criados em uma Manaus de mudanças convivendo com a herança da cultura libanesa e o ódio mútuo. Machado nos dá Pedro e Paulo, que já começam a brigar dentro do útero da mãe. A narrativa é muito diferente, como disse, a do Miltom lembra mais Arundhati Roy enquanto Machado... bem, Machado é Machado, né?

Os paralelos são claros: a briga velada e depois declarada dos gêmeos, a disputa pela mesma mulher, as personalidades opostas dos irmaõs e seu desejo de se diferenciar do outro. Até o pedido final que as mães fazem no leito de morte pela paz entre os filhos remete uma história a outra. Sem dúvidas, os dois são ótimos. O do Miltom foi uma surpresa ótima neste ano. Eu já conhecia as crônicas dele, nunca tinha lido romance.

De toda forma, o uso do duplo na literatura sempre volta. Um exemplo fantástivo é o "O Homem Duplicado", de José Saramago. O professor de história Tertuliano Máximo Afonso está tranquilamente assistindo a um filme quando vê um figurante idêntico a ele. Igual. Um duplo! O livro conta a busca do professor por seu duplo, um ator, e o resultado dela. Para quem ainda prefere os clássicos mais antigos, "Retrato de Dorian Grey" sempre será uma obra marcada pela duplicidade, e uma obra séria do maravilhoso e escrachado Oscar Wilde.

E sempre há a primeira das brigas entre os irmãos: Caim e Abel abrem as narrativas bíblicas que depois ainda têm os filhos gêmeos de Isaque e Rebeca, Esaú e Jacó (inspiração para Machado). Rebeca trama com o mais novo roubar o direito de herança do outro filho, depois os dois fazem as pazes e vão servir a Deus. A Bíblia também conta que os irmaõs de José do Egito venderam o rapaz como escravo por ciúme, já pensou? Ainda bem que eu me dou bem com a minha não gêmea irmã. A imagem que ilustra esse post é "A Reconciliação de Jacó e Esaú", de Sir Peter Paul Rubens.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Um outro vazio

A literatura de bancas fica cada vez mais rara. O Blog Antena Paranóica nos passa a notícia que a Editora Globo suspendeu a publicação de todas revistas em quadrinhos que publicava.

A Editora atuava nessa área há 70 anos e já publicou clássicos como "Mandrake" (o mágico que defendia a justiça com a cartola, lembram?), "Recruta Zero", "Spirit", "Batman", "Flash Gordon", "Turma da Mônica", "Gasparzinho", "Brasinha", "Tex", "Riquinho", "Homem-Aranha" e "Os Quatro Fantásticos". A matéria completa no site OhaYO!: http://www2.uol.com.br/ohayo/v4.0/Comics/bancasbrasileiras/fev18_globo.shtml.

Me pergunto se as crianças sentirão falta das HQ. Será que nem vão notar?

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

O Diário de Blindness


"Ensaio sobre a Cegueira" é o que considero o melhor livro do José Saramago. Qual não foi minha surpresa e apreensão ao descobrir que o diretor brasileiro Fernando Meirelles (Cidade de Deus e O Jardineiro Fiel) estava dirigindo a adaptação dele para o cinema, "Blindness". Quando adaptam um livro que você ama, há sempre o terror que algum diretor criativo demais acabe com ele. Por falar nisso, ainda não tive coragem de assistir ao "Amor nos Tempos do Cólera".

Primeiro os dados técnicos (tirados de uma entrevista para o Globo do diretor): Produção internacional independente de Brasil (talentos e dinheiro de uma lei de incentivo), Canadá (projeto e o roteiro), Japão (dinheiro) e Inglaterra (dinheiro e parte jurídica), a história inicialmente seria rodada em São Paulo (BR) e Toronto (Canadá) com orçamento de cerca de US$ 20 milhões e a intenção de estréia em março de 2008.

A alegria superou a apreensão quando o diretor resolveu manter um blog sobre a construção do filme. O "Diário de Blindness" tem poucos bons e longos textos, apenas 14, mas valem a pena tanto para quem não aguenta esperar pelo filme pronto como por quem se interessa por filmes em geral e direção.

Desde agosto do ano passado que Fernando Meirelles tem disponibilizado pedaços importantes dele (a foto que ilustra esse post foi tirada de lá). Podemos acompanhar o processo de aprovação do roteiro pelo próprio Saramago, direção dos atores e figurantes em algumas cenas, processo de montagem e o trabalho no dia-a-dia do set de filmagens. Há também muita informação legal para conferir no cinema, uma das cenas da população cega, por exemplo, foi filmada retratando um quadro do Brueguel.

A gente descobre que as cenas filmadas em Montevideo (Uruguai) acabaram ocorrendo lá porque não dava para fechar as ruas de São Paulo para as centenas de figurantes. E como os atores fizeram exercícios vendados e usavam lentes que cobriam a visão durante algumas cenas para sentirem e reproduzirem a sensação de cegos. Por falar em atores, são todos padrão hollywood: Mark Ruffalo faz o Médico, Julianne Moore a Mulher do Médico, Danny Glover o Velho da Venda Preta e Gael García Bernal o Rei da Camarata 3. Também tem Sandra Oh como a Ministra da Saúde e a brasileira Alice Braga (que fez Eu sou a Lenda) como a Garota de óculos escuros.

Para quem não leu o livro, a história é sobre uma cegueira branca que acomete toda uma cidade. O autor acompanha todas as etapas dela através de um grupo de personagens que são apresentados assim mesmo, sem nomes, só por profissões ou características.

Após algum tempo sem postar (o diretor ficou chateado ao descobrir que seus textos estavam sendo traduzidos para o inglês e distribuídos por toda a Internet), Fernando colocou um texto sobre a trilha do filme. A versão, que já estava na oitava montagem em janeiro, foi combinanda com as músicas compostas pelo grupo mineiro Uakti. Vale a pena dar uma olhada e esperar pelo filme.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

"Fazemos quase tudo por um par de olhos"

Estimular a leitura, e não a posse dos livros. Essa é belíssima intenção da Leia Brasil, Organização Não Governamental de Promoção a Leitura. Criada em 1991 como um programa da Petrobras, a instituição passou a responder como ONG dez anos depois. Segundo a ONG, se vende sim muitos livros no Brasil, só que não se lê.

Para quem não acredita, um texto do diretor executivo da LB, Jason Prado, traz dados surpreendentes sobre o mercado editorial brasileiro: "As principais editoras brasileiras pertencem a grupos estrangeiros, os verdadeiros donos do mercado. O setor fatura US$ 1,2 bilhão por ano, metade dos quais do Governo (MEC); entre 92 e 2002 foram comercializados 3,3 bilhões de livros no Brasil, ou seja: 20 por pessoa, 70 por domicílio, 14 mil por escola e 595 mil por cidade, pondo em cheque todas as estatísticas divulgadas. Onde estão?".

"Os livros, sozinhos, não fazem leitores". Por isso, a ONG atua em diversos segmentos. Em seu site www.leiabrasil.org.br estão disponíveis diversos, diversos mesmo, textos sobre leitura e leitores no link “Para pensar a leitura”. Eles são muito úteis para educadores e professores que trabalham nessa área, além de interessantes para quem gosta do assunto.

Além disso, a Leia Brasil desenvolve projetos como caminhões-biblioteca, treinamento de educadores, publicações e projetos de “seduções de leitores”, como contadores de histórias, peças de teatro, shows e encontros com autores. Tudo sob o lema: "Fazemos quase tudo por um par de olhos..."

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Dicas para ler e assistir no Carnaval


E quem vai ficar em casa no Carnaval, tem sempre muito a ler, e também pode assistir. Minha recomendação é o livro "Quatro Estações" do renomado, reconhecido e temido Stephen King. O homem anda tão famoso que o comentário é que até a lista da lavanderia se vier com o nome King vira bestseller. Inclusive, o nome dele vem bem maior que os títulos nas capas...

Publicado pela primeira vez em 1983, "Quatro Estações" foge da linha terror que tornou o autor tão conhecido. São quatro histórias um pouco maiores que contos, cada uma relacionada a uma estação. Os norte-americanos chamam a esse tamanho de texto "novel", que não dá pra traduzir com novela pra gente. Das quatro, três viraram filmes maravilhosos. O King tem muita sorte com as adaptações dos livros dele, a gente pode conferir em "Cemitério Maldito", "A espera de um milagre" e muitos outros. Esses três em particular são marcantes.

A primeira história do livro é "Primavera eterna – Rita Hayworth e a redenção de Shawshank", sobre um homem que é preso pelo assassinato da esposa e do amante dela. Na prisão, seus talentos para a contabilidade são utilizados pelo diretor enquanto ele descobre o valor da amizade e da liberdade ali dentro. O filme "Um sonho de liberdade" (The Shawshank Redemption) foi feito em 1994 com direção de Frank Darabont e as atuações de Morgan Freeman e Tim Robbins . Quem não assistiu ainda a esse, pode alugar sem a menor hesitação. É emocionante.

Na segunda parte, o lado negro da juventude é explorado por "Verão da corrupção – Aluno inteligente". Um rapaz de treze anos descobre que um de seus vizinhos é um torturador nazista procurado. Em vez de entregar o homem, o menino passa a chantageá-lo em busca das histórias que compuseram o III Reich. Esse filme não fez sucesso como o "Sonho de Liberdade", mas também é muito bom. "O aprendiz" ( Apt Pupil) foi lançado em 1998, com Ian McKellen, Brad Renfro e David Schwimmer. Bryan Singer dirigiu a adaptação que tem um final diferenta na tela.

Na minha história preferida das quatro, "Outono da inocência – O corpo", a amizade é o carro-chefe da narração. Um grupo de amigos resolve fazer uma viagem de um dia até um ponto da floresta em que supostamente existe um corpo. O encontro dos jovens com a primeira perspectiva de morte e suas ânsias de juventude foram magistralmente retratados no filme "Conta Comigo" (Stand By Me). Esse aqui estourou nos cinemas, sendo considerado o filme que revelou o jovem River Phoenix (que depois teria uma overdose e morreria muito cedo). O filme é hoje um clássico, foi feito em 1987 e tem ainda a participação de Wil Wheaton, Corey Feldman, Jerry O`Connell, e de um novinho chamado Kiefer Sutherland. A direção é de Rob Reiner.

Na última história, que é a que eu menos gosto porque fala muito pouco sobre a natureza humana e vai mais para o lado do sobrenatural, "Inverno no clube – O método respiratório" mostra a luta de uma jovem mãe solteira para ter seu filho. Ainda não virou filme. Ainda.

- Quatro Estações
Stephen King (Objetiva)
Preço médio: R$ 39,00 nas livrarias

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

O vazio que você deixou...

O ano começou carente para quem gosta de ler e se informar sobre leitura. Esse foi o primeiro mês, após 32 números, que ninguém leu a revista Entrelivros. A Editora Duetto cancelou a publicação por causa das baixas vendas. A revista, que começou em 2005, com tiragem entre 10 e 15 mil exemplares estava com menos de 10 rodando. Os assinantes receberam em dezembro um e-mail assinado pelo gerente de assinaturas da Duetto informando do fim da publicação e afirmando que receberiam correspondência a partir de janeiro para resolver questões financeiras (afinal, eles já pagaram né?). Aliás, alguns assinantes receberam, outros estavam pela página do Orkut se maldizendo e eu, por exemplo, não sou mais assinante e recebi também.

A Duetto vai continuar com a marca "EntreLivros", para as publicações especiais "Caderno EntreLivros" e "Biblioteca EntreLivros". O complicado é que a maior propaganda das publicações especiais era a revista mensal. Como o leitor vai saber sobre elas agora? O site www.revistaentrelivros.com.br continua sem nenhuma referência ao fim dela. A última postagem no blog mantido pela editora, no entanto, foi em 12 de novembro.

Pessoalmente, eu tinha parado de assinar a Entrelivros extremamente chateada com ela. Primeiro, eles deixaram de publicar a coluna do Umberto Eco, que fechava a revista, sem a menor explicação ao leitor. Nem uma palavra no Editorial, nem no rodapé da coluna que substituiu. Acho que esperavam que ninguém notasse. Mandei um e-mal para a Redação e um mês depois me responderam que houve uma mudança de linha editorial (vamos combinar que faltou dinheiro, né?). Depois, a coluna voltou.

E a distribuição era um pesadelo. A revista de janeiro chegava em fevereiro, de fevereiro em março e a de março em abril. Aí cancelei.

Uma lástima que uma editora que já havia tido a coragem de sair com um material de qualidade para um público tão específico e pequeno no Brasil não atentasse para questões básicas e primordiais como distribuição e atendimento ao leitor. Os textos eram ótimos e eu tinha colunistas como Milton Hatoum e o próprio Eco.

Para quem gosta de ler sobre ler as opções são poucas. A Cult, que surgiu há dez anos como revista literária, hoje é de cultura em geral e muito existencialismo. A proprietária Dayse Bragantini disse em entrevista ao jornal O Globo que a tiragem é de 25 mil exemplares dos quais 30 % ficam no mercado paulista. O resto vai principalmente para o Sul do país. Segundo ela, as vendas no Rio de Janeiro são um fracasso. Vamos nem imaginar no Nordeste. Há seis anos, a revista quase fecha. Foi quando Dayse a comprou da Lemos Editorial. O site é http://revistacult.uol.com.br.

Já a Bravo é uma revista de quase tudo de cultura no Rio e em São Paulo. A área de literatura é uma entre 15. Eu assinei a publicação por um ano e não conseguia ler as áreas de Artes Plásticas e Teatro porque era só a programação do Centro-Sul. A gente ficava com um gostinho de água na boca... Melhor ler no site deles (www.bravonline.com.br) que comprar a revista inteira. É, 2008 começou carente para quem gosta de ler.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Infanto-juvenil para além do Harry Potter


O público infanto-juvenil no Brasil atualmente anda bem esquecido pelas editoras. Estranhamente, porque a febre Harry Potter provou que há uma garotada seriamente comprometida com leitura e que faz os pais pegarem filas na madrugada para ver um rostinho feliz. Em vez de publicar as traduções do Potter e de livros como "Desaventuras em Série" e "O Diário da Princesa" (todos ótimos mas mega-distantes daqui), poderíamos começar a valorizar e estimular os grandes autores nacionais desse gênero. E eles não faltam.
Na década de 80, os títulos mais disputados eram os livros da série Vagalume. A coleção de livros da editora Ática tinha mais de 40 obras todas voltadas para o público adolescente. Entre eles, “Tonico”, "Bem vindo ao Rio", "Doza horas de terror" e outros.
Alguns autores tinham destaque como Lúcia Machado de Almeida. Eram dela os livros de suspense e policial "Aventuras de Xisto", "O Escaravelho do Diabo" (um assassino misterioso começa a matar os ruivos de uma pequena cidade) e "O Caso da borboleta Atíria" (algum inseto da floresta está ameaçando a vida de Atíria e ela tem pouco tempo para descobrir a verdade). O melhor das histórias era que a linguagem estava totalmente direcionada para os adolescentes, sem falsos moralismos que deixam os livros recomendados no colégio tão chatos.
O meu escritor preferido da Vagalume era o Marcos Rey. Seus protagonistas eram um trio de amigos, Léo, Gino e Angêla que resolviam crimes perigosíssimos. E antes de todo o discurso politicamente correto, Gino era um cadeirante genial. Com eles três, a série tinha "Um cadáver ouve rádio", "O mistério dos cinco estrelas" e "O rapto do garoto de ouro".
Outro autor fantástico pra garotada, embora não fosse publicado na Vagalume, é Pedro Bandeira. (E eu tenho um livro autografado dele em plena Feira do Livro de Fortaleza!) O Pedro criou um grupo de adolecescentes chamado de "a turma dos Karas". Eles tinham altos códigos secretos (como a linguagem tenis-polar -eu escrevia minha agenda nela, confesso), locais de encontro só conhecidos por eles na escola e coragem e determinação pra se meter em confusão.
Os Karas apareceram pela primeira vez em "A Droga da Obediência". Depois percorreram o país batalhando contra contrabandistas em "Pântano de Sangue" e contra nazistas em "Anjo da Morte". O último livro que li com eles foi "A Droga do Amor". O ritmo era completamente frenético, eles eram cinco e os cinco sempre enfrentavam grandes perigos ao mesmo tempo na história sem . Sim, crianças enfrentando perigos em uma escola, você já viu em algum lugar...
O Pedro Bandeira também tem vários títulos infanto-juvenis onde ele adapta grandes clássicos da literatura. A tragédia de Hamlet vira o problema de uma menina que perdeu a mãe em "Agora estou sozinha" e Cyrano de Bergerac foi transferido para "A marca de uma lágrima".
A Vagalumes não está mais nas livrarias, mas em sebos e no Mercado Livre, você sempre acha algum. Muitos dos títulos foram republicados fora da coleção como os da Lúcia. Também é possível comprar os livros do Marcos Rey no site dele: www.marcosrey.com.br.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

A Mulher habitada


"Duas coisas que não decidi acabaram decidindo minha vida: o país onde nasci e o sexo com que vim ao mundo", disse a autora nicaragüense Gioconda Belli. Agora responda rápido: onde fica a Nicarágua? Eu não sei se é coisa minha ou de todo brasileiro, mas vivo com a certeza de um profundo desconhecimento sobre a América Latina. Tanto política como culturalmente. Pois vejam que descobri uma autora fantástica. Bem aqui na América Central.
"A mulher habitada" é um romance dessa autora que trata de questões políticas, de gênero, de relacionamento humano e de descobrir quem você é no meio dessa confusão que é o mundo.
O espírito da índia Itzá reside em uma laranjeira de onde assiste, na década de 70, à chegada da arquiteta Lavínia a uma nova casa. A índia, por amor ao guerreiro Yarince, deixou seu papel de mulher de aldeia para lutar contra o exército espanhol que invade a América no século passado. Lavínia acabou de chegar da Europa, arrumou emprego em um escritório respeitado e despertou para a realidade imposta pela ditadura entrando no movimento de guerrilha. As histórias são apresentadas por dois narradores: Itzá relembra sua vida (e comenta a de Lavínia) enquanto um narrador nos traz a história da arquiteta e das transformações impostas ao país.
A retratação do período da ditadura militar é perfeita. E a descrição de como corre a vida em Fáguas (país fictício da história) espanta pela similariedade entre a Nicaráguas e o Brasil. Todos no mesmo barco das convenções sociais e censura de pensamento e de voz .
- A Mulher HabitadaPublicar postagem
Gioconda Belli (Record)
Preço médio: R$ 54,00 nas livrarias
Estante virtual: De 20 a 25 reais (sem frete) (valeu pela dica do site, Cris)

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Isso que é profissional

Enquanto as editoras brasileiras insistem que 40 reais é um preço justíssimo para os bolsos brasileiros, a indústria editorial norte-americana aposta em acessibilidade. Lá, os livros são divididos em dois formatos: hardcover, livros de capa dura, excelente impressão e preço alto; e paperback. Os mesmos livros hardcovers são publicados em formato pequeno com capa mole e em papel de qualidade muito parecida com a de jornal. Sabe aqueles Sabrina de banca? Pois imagine, são esses!
O grande lance é que o paperback custa uma média de 7 dólares, dependendo do autor. Isso se for lançamento, nos sebos eles ficam em torno de 3 dólares. Já pensou pagar seis reais por um bom lançamento? O resultado é um público leitor tão forte que os autores são verdadeiras celebridades e as editoras são muito tranqüilamente as mais ricas.
O negócio é tão profissional que o escritor Dean Koontz, autor de suspense já acostumado a ficar meses na lista dos mais lidos do New York Times, tem um site praticamente para cada livro e usa trailers para divulgar seus lançamentos. Isso mesmo, trailers de livros. Dá uma olhada no do próximo dele: "Brother Odd". Fica no http://www.oddthomas.tv/.

domingo, 13 de janeiro de 2008

O Deus das Pequenas Coisas


"O Deus das Pequenas Coisas" é, em meio a tanto já lido, uma das melhores obras que já encontrei.

A indiana Arundhati Roy escreveu uma preciosidade. A história dos irmãos gêmeros bivitelinos Estha e Rahel tem início na década de 60, na mesma localidade em que Roy viveu, Kerala (Índia). Hoje, a autora vive em Deli e tem status de posptar no país, inclusive integrando a lista das 50 pessoas mais bonitas, vê se pode? Não temos nenhuma outra obra dela traduzida em português (essa foi publicada em 1998) e, pelo que pude pesquisar, apesar de muitos artigos e crônicas, não vi outro livro dela publicado nem na Índia. Foram dez anos para escrever esse.

No livro, a Índia está em pleno processo de transformação. O ocidentalismo chega ao país nos modismos, programas de rádio e televisão enquanto as tradições religiosas ainda marcam o compasso da vida de seus habitantes. Enquanto isso, duas crianças de nove anos vivem o terror de ver uma outra criança tomar a atenção e carinho de seu tio, o único pai que elas conhecem. A sua mãe, Ammu, é a única divorciada da pequena aldeia e se destoa no meio em que vive, sufocada na casa da própria família ao mesmo tempo que encanta como fada a vida de "uns certos gêmeos bivitelinos".

A narrativa é apresentada de forma completamente não-linear. Os capítulos se alternam pincelando uma a uma as tragédias sofridas pela família com a vida deles ao longo de mais de dez anos. Vou logo dizer que a história é bem triste, mas a autora guarda para o último capítulo um pedacinho de amor que acalenta todo o livro. É um relato de uma realidade brutalizadora de sonhos de crianças, mas também de sonhos dando esperança à realidade dos adultos.

- O Deus das Pequenas Coisas
Arundhati Roy (Companhia das Letras)
Preço médio: R$ 45,00
Está esgotado em vários sites, mas dá pra comprar no site da editora
Mercado Livre: Tem exemplares de R$ 29,00 até R$ 52,00 (sem frete)