segunda-feira, 12 de abril de 2010

Tom Clancy reúne seus personagens em um só livro

Do site Omelete:


Tom Clancy anunciou para dezembro o lançamento do livro que vai reunir vários de seus personagens em uma única história de luta contra o terrorismo após o 11 de setembro. Dear or Alive coloca lado a lado Jack Ryan e John Clark, personagens de A Caçada ao Outubro Vermelho e A Soma de Todos os Medos, ao lado do filho de Ryan e também analista da CIA, Jack Ryan Jr., mais Ding Chavez e Mary Pat Foley.

A editora G.P. Putinam's Sons informou que a primeira tiragem do livro chegará às lojas no dia 7 dezembro com 1,75 milhão de cópias em capa dura nos Estados Unidos e lançamento simultâneo tanto da edição eletrônica como da edição britânica. A data marca o aniversário do ataque japonês a Pearl Harbor, o que deve dar um belo impulso no interesse público por mais uma batalha dos EUA contra uma nova ameaça mundial. Para quem prefere aguardar, a edição em brochura será lançada em 2011.

Em Dead or Alive, o grupo de agentes está na caça ao "Emir", um líder terrorista responsável por uma sequência de ataques ao Ocidente. A história é trabalho de Clancy com seu colaborador habitual Grant Blackwood, veterano da Marinha dos Estados Unidos e autor de uma série com o personagem Briggs Tanner.

Leia a matéria completa em http://www.omelete.com.br/cinema/tom-clancy-reune-seus-personagens-em-um-so-livro/

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Chegou a hora da estrela para Clarice Lispector

Matéria do jornal português Público: http://ipsilon.publico.pt/livros/texto.aspx?id=253732


Benjamin Moser passou cinco anos a investigar a biografia de Clarice Lispector. Da Ucrânica ao Brasil, passando pela Suíça e EUA, traçou a geografia da enigmática escritora de nome estrangeiro que mudou a literatura brasileira. "Why this World" foi um sucesso no Brasil, acompanhando o "boom" de publicações sobre Lispector. Chega a Portugal em Setembro

Quando Benjamin Moser, 33 anos, autor americano da primeira biografia em inglês sobre a escritora brasileira Clarice Lispector, ligou para a companhia KLM na madrugada do início do Festival Literário de Paraty de 2005, sabia que estava a cometer uma loucura. "'Tem um voo para São Paulo ainda hoje?' Nunca tinha feito uma coisa dessas. Comprei a passagem e às onze da manhã estava a embarcar", explicou Moser ao Ípsilon, num português com sotaque brasileiro nordestino, numa entrevista telefónica a partir da sua casa no Utrecht, na Holanda.
O impulso foi desencadeado quando, no seu jardim, contava a um amigo quem era aquela figura, Clarice Lispector, que o "tinha pegado, como muito poucas coisas na vida", era ainda estudante na Brown University, EUA. "Vivia com isso na cabeça: um dia quero fazer algo com ela, trazê-la, explicá-la para o mundo. Mas também queria entendê-la eu próprio", explica. Naquele Julho, o Festival de Paraty homenageava Clarice e o amigo perguntou-lhe: "O que está fazendo aqui, na Holanda? Você tem é que estar lá, com todos os especialistas. Nunca vai haver tanta gente empolgada assim."
Foram cinco anos de pesquisa para publicar "Why This World", biografia de 400 páginas que saiu em 2009 nos EUA (Oxford University Press). Após a tradução brasileira, a Civilização vai publicar a edição portuguesa em Setembro. A biografia era a melhor maneira de dar a ver "Clarice como uma coisa toda e não um pedaço: você lê os livros dela, lê a crítica, mas é sempre um lado", diz Moser.
Não foi fácil compor o puzzle da enigmática escritora de nome estrangeiro - Lispector -, uma das maiores da língua portuguesa do século XX. Moser começa a biografia com a visita de Clarice ao Egipto e com uma carta sua sobre a esfinge: "Não a decifrei. Mas ela também não me decifrou." O mito vive aí, nessa bela figura esfíngica que "veio de um mistério" (escreveu Carlos Drummond de Andrade). Ela era "estrangeira na terra", e essa condição nunca a largou - o nome estranho, o sotaque esquisito, a linguagem fragmentada, inovadora, difícil.


Veja a matéria completa em http://ipsilon.publico.pt/livros/texto.aspx?id=253732