quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Livro de Stephen King dá origem a série de TV produzida Spielberg

Mal chegou às livrarias norte-americanas e o novo livro de Stephen King, "Under the Dome" já caminha para as telas. E em grande estilo. A DreamWorks TV anunciou que comprou o direito de filmagens da obra e encarregou Steven Spielberg da produção-executiva de uma mini-série baseada na história.

Lançado na semana passada nos Estados Unidor, "Under the Dome" (Debaixo da Redoma, tradução minha) traz a história de uma pequena cidade (pois é, King é um homem que ama uma pequena cidade) no estado do Maine, chamada Chester's Mill. Um campo de força invisível de repente surge sobre o lugar impedindo qualqer contato com o mundo exterior. Aviões e carros explodem se tentarem passar. Ninguém entra, ninguém sai.

A população se divide em dois grandes grupos enquanto tenta sobreviver e descobrir de onde veio a redoma e quando se dissipará. Os protagonistas são o militar veterano, Dale Barbara, dona do jornal local, Julia Shumway e o malvado político local, Big Jim Rennie e seu filho.

Meu palpite é: ou há uma razão ecológica ou, se o Spielberg entrou na jogada, são os ETs. O trailler do livro:

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

E o amor, por Barthes

A aula era sobre estratégia, os mestrandos por isso se surpreenderam quando o professor iniciou a leitura de "Elogio da Lágrima", do livro "Fragmentos de um discurso amoroso", de Roland Barthes. Sim, a lágrima. No fundo, tudo a ver com estratégia.

Mas o melhor foi a descoberta do livro em si. Escrito em forma de verbetes de dicionário, ele trata do amor. Sim, é o Barthes que você pensa que é, e sim ele trata do amor. E como fala. Barthes traz os conceitos da filosofia, da sociologia, da antropologia na publicação de 1977. No Brasil relançada pela Martins Fontes em 2003. Ele trata com o coração o assunto:  "O sujeito apaixonado é atravessado pela idéia de que está ou vai ficar louco"

Filho único, órfão de pai, sustentando pela mãe que encadernava livros como profissão, homossexual assumido na década de 50. O semiólogo Roland Barthes é sobretudo, para mim, um excelente escritor. Da página 49:

"Tudo partiu deste princípio: que não era preciso reduzir o enamorado a uma simples coleção de sintomas, mas sim fazer ouvir o que existe de inatual na sua voz, quer dizer, de intratável. Daí a escolha de um método “dramático”, que renunciasse aos exemplos e repousasse na ação única de uma linguagem primeira (sem metalinguagem). Substituiu-se, então, à descrição do discurso amoroso sua simulação, e devolveu-se a esse discurso sua pessoa fundamental, que é o eu, de modo a pôr em cena uma enunciação e não uma análise. É um retrato, se quisermos, que é proposto; mas esse retrato não é psicológico; é estrutural: ele oferece como leitura um lugar de fala: o lugar de alguém que fala de si mesmo, apaixonadamente, diante do outro (o objeto amado) que nunca fala."



Título: Fragmentos de um Discurso Amoroso
Editora: Martins Fontes
Autores: Roland Barthes
Preço: R$ 45,80 e a partir de R$ 12,00 na Estante Virtual